Fórmula 1: o circo está de volta

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Sem o japonês Kamui Kobayashi na Grid, para mim, a F1 perde interesse. Mas, como a vontade é tanta, é mais um ano de volta destes monologares que, diga-se de passagem, estão cada vez mais feios. A Red Bull e a Sauber transformaram-se quase na totalidade, os patrocínios reduziram drasticamente (é só ver cada vez menos publicidade) e os problemas financeiros chegaram à velocidade dos carros. A Caterham acabou, estão a vender os carros antigos às peças a ver se os credores ainda levam algum. A Marussia, que tudo apontava para fechar portas, vai correr com o nome MANOR.

Outra vez o domínio da Mercedes? É, analisando as duas sessões de testes, em Jerez de la Frontera e Catalunha, esta temporada poderá trazer de novo o duelo entre os 2 pilotos da mesma equipa. Hamilton vs Rosberg (round 2).

A esperança depositada na entrada dos motores Honda na McLaren caiu por terra. Os carros continuam pouco competitivos e com comportamentos esquisitos. Ainda hoje se está para saber como Fernando Alonso bateu (só) a 150 Km e perdeu a consciência mesmo antes do embate. A pancada no cabeção do espanhol foi tal que nem se lembrava que já tinha ganho 2 campeonatos do mundo e, para ele – logo após o embate, só se “lembrava” que era actual campeão do mundo de Kart. lol. A sua memória andou 20 anos para trás. Não participa nesta 1ª prova. Kevin Magnussen, piloto de testes, vai substitui-lo.

A Red Bull também desiludiu muito nos testes da pré-temporada, especialmente na 2ª sessão onde Ricciardo e Kvyat ficaram muito aquém do esperado, ambos atrás dos 2 pilotos da “2ª equipa Red Bull” – a Toro Rosso. Max Vertappen efectuou uma quase simulação de corrida e quatro simulações de qualificações, o que deixou a Ferrari e a Red Bull perplexas. Já o seu colega de equipa, Carlos Sainz, acabou por ser mais rápido na simulação de qualificações aproveitando a sorte das melhores condições atmosféricas que apanhou.

A Sauber impressionou, em relação á época desastrosa do ano passado (zero pontos), Filipe Nasr e Marcus Ericsson estiveram sempre a meio da tabela nos testes e, juntamente com a Force India, serão fortes candidatas a pontuações contínuas em 2015.

Mas os suíços da Sauber estão com um problema judicial, interposto pelo piloto de testes Giedo Van Der Garde. O contrato do piloto refere que em 2014 terminaria a sua participação como piloto de testes, o que subentendia que este ano seria um dos dois pilotos da equipa. Os milhões que este piloto meteu na equipa o ano passado foi esquecido este ano. Esta quarta-feira a justiça fez-se, Van der Garde vai ser mesmo piloto principal da equipa, ficando agora por saber quem a Sauber vai prescindir:  Ericsson ou Nasr.

A Lotus, bem a Lotus, é melhor ficarmos com a memórias vintage da equipa. Este vai ser mais um ano para esquecer. A Ferrari e a Williams são as equipas mais preparadas para discutirem pódiuns, à espreita de eventuais  desaires da Mercedes.

Começa já este fim-de-semana na Austrália e, sem Kobayashi, a minha preferência vai para o carro 77 conduzido por Valtteri Bottas. O retorno a uma antiga paixão, a Williams.

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This entry was posted by Paulo Abrantes.

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